Cardiologia veterinária visa tratar e prevenir as doenças do coração

A cardiologia é a especialidade da medicina veterinária que visa o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de doenças do coração e do sistema circulatório.

As doenças cardíacas nos animais geriátricos ou idosos, podem surgir entre 9 e 11 anos, entretanto, outras cardiopatias poderão também surgir durante a vida do animal e quando corretamente diagnosticadas e tratadas, podem permitir ao animal uma excelente qualidade de vida.

Assim como na população humana, os cães e gatos tem aumentado o tempo de sobrevida, principalmente devido a melhor qualidade dos serviços veterinários prestados atualmente, com isso as doenças cardíacas são cada vez mais comuns em cães e gatos. As cardiopatias em cães idosos são geralmente causadas por alterações nas válvulas cardíacas ou por alterações no músculo cardíaco (miocárdio).

Algumas raças de cães são mais predispostas a determinados problemas cardíacos que outras.  As principais cardiopatias adquiridas pelos cães e gatos são:

 A Insuficiência Valvular que é uma condição progressiva, que acomete principalmente cães de pequeno e médio porte acima de seis anos, como Poodle, Pinscher, Cocker Spaniel, Dachshund e Pequinês. À medida que o cão envelhece, as suas válvulas cardíacas sofrem um processo de degeneração, podendo se tornar insuficientes. Assim, ao invés de se fecharem eficazmente cada vez que o coração bombeia, elas permitem um fluxo de sangue inverso ao normal, resultando em uma diminuição do sangue que vai ser distribuído para o organismo e, com isso, aparecimento dos sinais clínicos.

 A cardiomiopatia Dilatada que é uma doença comum em cães de raças grandes como Dobermann, Boxer, Labrador e Dogue Alemão. Entretanto, a prevalência desta cardiopatia para animais de médio porte, como o Cocker Spaniel, vem aumentando. Esta doença causa uma insuficiência do músculo cardíaco, ou seja, a contratilidade do miocárdio se torna prejudicada, fazendo com que o sangue não seja bombeado eficazmente.

A cardiomiopatia Hipertrófica que é afecção mais comum em gatos, cuja evolução pode ocorrer de forma silenciosa, manifestando-se somente quando já se encontra na sua forma mais grave. É uma doença cardíaca de origem desconhecida, que leva à hipertrofia (espessamento) do ventrículo esquerdo e preenchimento inadequado do coração com sangue.

Os proprietários de cães devem ficar atentos a algumas manifestações como: apatia e intolerância ao exercício físico, redução de apetite, e com isso, diminuição do peso corporal. Outros sinais clínicos comuns nestes pacientes são tosse, dificuldade respiratória, língua arroxeada ou azulada, desmaios (síncopes) ou tonteira, distúrbios no crescimento em filhotes e no desempenho de cães atletas. É importante mencionar que esses sinais clínicos são inespecíficos e podem também ser vistos em outras doenças.

O tratamento da cardiopatia deverá ser sempre de acordo com a afecção apresentada por cada animal. Conforme a cardiopatia, deve se ter uma conduta terapêutica especifica que também depende da fase de insuficiência cardíaca congestiva apresentada.

Doença cardíaca não significa necessariamente falência cardíaca. Muitos animais com problemas cardíacos não apresentam sintomatologia e são capazes de viver com boa qualidade de vida, sem necessitarem de medicação. Existem casos como as Endocardites, Miocardites e Dirofilaciose em que após o tratamento específico há melhora clínica e pode se interromper a terapia. Contudo, a maior parte dos pacientes cardiopatas tende a piorar depois dos primeiros sintomas, necessitando de tratamento para o resto da vida.

Fonte: Web Animal

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 27 de novembro de 2012