Castração biológica será apresentada no III Simbrás.

Ao contrário da castração convencional, onde é feita a retirada dos testículos por meio de cirurgia, a castração biológica oferece mais praticidade e menos riscos tanto para o animal como para  o produtor.

A técnica consiste no uso de uma injeção a base de papaína e ácido lático. não há riscos de  hemorragias, já que com apenas uma aplicação em cada testículo o animal já pode voltar para o pasto castrado.

A castração biológica em bovinos é tema de um dos minicursos oferecidos no III Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável (Simbras), entre os dias 22 e 24 de setembro, em Viçosa (MG).

 Segundo Diogo Vivacqua, médico veterinário e doutorando do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), essa castração tem o objetivo de tentar diminuir o sofrimento dos animais em relação à castração convencional, ou seja, cirúrgica.

– É um novo método de castração que funciona com uma injeção de dose única aplicada em cada um dos testículos dos animais. A partir daí, o animal já está castrado e pode ser solto a pasto, ou seja, não há pós-operatório – explica o médico veterinário.

Ele conta que o produto é biológico, pois é feito a base de papaína, encontrada no mamão, e ácido lático, extraído do leite. As vantagens para o produtor rural são muitas. Uma delas é não precisar mais retirar os testículos dos animais. Com isso, não há problemas com hemorragias, bicheiras ou pós-operatório. Além disso, extinguem-se os riscos de morte, já que o produto age localmente.

– Entre os efeitos da castração, há a diminuição da agressividade e sodomia entre os animais. A técnica permite ainda a castração durante qualquer época do ano e não exige o uso de outros medicamentos – diz Vivacqua.

Comparado à castração cirúrgica, esse método diminui o sofrimento dos animais. De acordo com o veterinário, quando o animal é castrado, ele muge, urina e defeca constantemente. Já durante o procedimento de castração biológica, o animal fica tranquilo no tronco.

– A técnica já foi testada em mais de 1.200 animais, sendo que 98% deles têm demonstrado castração. Além da diminuição da agressividade, comprovamos através de exames biológicos a ausência de espermatozóides – garante.

O produto ainda está em fase experimental, portanto, método e produto ainda não foram disponibilizados aos produtores. Segundo Vivacqua, ainda é preciso realizar um registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A partir daí, eles serão disponibilizados ao público.

 

 Fonte: Portal dia do Campo

Adaptação: Revista Veterinária


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Atualizado em: 19 de setembro de 2011