Inseminação artificial em equinos: conheça mais sobre essa técnica

Inseminação artificial em equinos conheça mais sobre essa técnica

No mercado dos criadores, a reprodução equina vem ganhando cada vez mais espaço como fonte de renda para o setor. Como parte dessa expansão de mercado, ganham espaço as mais diversas técnicas fundamentais para essa difusão. Entre elas está a inseminação artificial em equinos.

Primeiramente, é importante entender o que é essa técnica para que seja possível conhecer mais sobre ela, vantagens e fatores que afetam seu resultado. Assim, a inseminação artificial é a biotécnica reprodutiva em que o sêmen do garanhão, previamente coletado, é depositado no sistema genital da fêmea. Como parte de uma rotina de manejo reprodutivo de equinos, a inseminação artificial vem sendo largamente utilizada no Brasil e no mundo para o melhoramento genético dos plantéis. Além disso, é considerada por muitos especialistas da área como a técnica mais importante para esse fim na criação de equinos.

Por isso, neste artigo vamos te apresentar como funciona a inseminação artificial em equinos, fatores que afetam os resultados da técnica e suas principais vantagens para a criação de cavalos. Confira!

Como funciona a inseminação artificial em equinos

Como já definimos, a inseminação artificial em equinos é a introdução de sêmen pré-coletado de garanhão no trato reprodutor da égua, com o objetivo de obter uma gestação. Contudo, existem alguns processos básicos que constituem essa técnica e que precisam ser executados por um profissional com experiência para que eles garantam o sucesso. Assim, esses processos são:

  • Colheita de sêmen: a coleta do sêmen é parte muito importante da inseminação artificial em equinos. Apesar da escolha da técnica de coleta e tipo de processamento do sêmen (fresco, resfriado ou congelado) interferirem no resultado, o sêmen precisa ser colhido, avaliado e processado;
  • Seleção de fêmeas receptoras: para que a inseminação artificial em equinos tenha sucesso, o profissional responsável precisa saber identificar as etapas do ciclo estral das éguas que serão usadas. Assim, é preciso realizar um exame ginecológico completo para que ela seja avaliada, e possam ser determinadas as condições internas favoráveis à recepção do sêmen;
  • Deposição do material no sistema genital da fêmea: a deposição do material no sistema genital da fêmea é, comumente, realizada por via vaginal. Nesse passo, o veterinário responsável precisa estar atento para não contaminar o material, depositando o material no corpo do útero.

Pensando nisso, fica claro que alguns fatores afetam a taxa de prenhez dessa técnica. Por isso, além de conhecer os processos base, é preciso reconhecer quais são esses fatores para diminuir riscos e melhorar os resultados.

Fatores que afetam os resultados da inseminação artificial em equinos

Para se obter sucesso com a inseminação artificial em equinos, é fundamental que o responsável esteja ciente de todos os detalhes que envolvem as etapas desse processo. A escolha das matrizes, tipo de sêmen utilizado, período do ciclo estral, sem conhecer muito bem tudo que envolve a inseminação, os resultados positivos ficam difíceis de serem atingidos. Assim, existem três fatores de alto impacto no resultado dessa técnica que merecem especial atenção. São eles:

1. Tipo de sêmen utilizado

A escolha do tipo de processamento do sêmen entre fresco, resfriado ou congelado, interfere no tipo de manipulação desse material. Como cada condição do sêmen apresenta  característica dos espermatozóides diferentes, saber como tratar o material para realizar a inseminação artificial em equinos é fundamental para se manter bons resultados.

  • Sêmen fresco: é o que oferece as melhores taxas de gestação quando aplicado corretamente. Nesse caso, o sêmen é comumente diluido em líquido prostático;
  • Sêmen resfriado: o sêmen resfriado visa manter a qualidade do material genético por um curto período de tempo, deve ser utilizado em até 72 horas para que não haja diminuição da viabilidade espermática;
  • Sêmen congelado: o sêmen congelado permite maior flexibilidade de uso e aplicação comercial, possibilitando transporte. Contudo, para o uso desse sêmen, é preciso experiência já que o material pode sofrer com estresse térmico, mecânico, químico e osmótico e ter sua capacidade fértil comprometida.

2. Qualidade do sêmen

É importante que, no exame andrológico realizado no garanhão e na coleta do sêmen para a inseminação, o material seja avaliado, constatando a qualidade e capacidade fértil. Quando não é utilizado o sêmen fresco, é importante que a qualidade do material recebido seja verificada. É preciso ver as condições de envio, as informações de dia e horário da coleta e as características de refrigeração.

Além disso, é importante que o veterinário responsável faça uma avaliação, no momento do recebimento, da concentração espermática, motilidade espermática e do volume espermático. Com essas informações podem ser adotadas medidas para garantir o sucesso da inseminação artificial em equinos.

3. Acompanhamento do ciclo estral das éguas

Como pontuamos, é preciso que as éguas sejam acompanhadas, para reconhecimento da sua etapa do ciclo estral. Como o sucesso da reprodução equina está intrinsecamente ligado aos fatores de anatomia reprodutiva, fisiologia, endocrinologia e manejo nutricional, é importante entender bem a saúde das fêmeas. O estágio do ciclo estral em que se encontra a fêmea é decisivo no sucesso da inseminação. Por isso, em alguns casos, o uso de sêmen resfriado ou congelado mostra-se como uma vantagem, já que pode ser armazenado para a utilização no momento ideal.

Vantagens da inseminação artificial em equinos

Já ficou claro como a inseminação artificial em equinos tem um papel importante no aumento da adoção de práticas de reprodução equina no manejo dos plantéis. Agora que já mostramos como funciona e os fatores que afetam seu sucesso, é importante ressaltar as vantagens de usar essa biotécnica.

  1. Expansão de reprodutores superiores, com grande valor genético;
  2. Melhoramento e desempenho da potencialidade do rebanho;
  3. Melhoramento genético das raças;
  4. Melhores índices de fertilidade;
  5. Redução dos riscos de disseminação de doenças sexualmente transmissíveis;
  6. Identificação de problemas reprodutivos;
  7. Permite o uso de animais impossibilitados para monta natural;
  8. Uso de sêmen congelado de garanhões distantes ou, em alguns casos, até mortos, preservando boas linhagens.

Dessa forma, é possível entender um pouco mais sobre como funciona a inseminação artificial em equinos e seu papel para o sucesso de uma criação. É sempre importante ressaltar que, todos os procedimentos de reprodução equina precisam ser acompanhados por um veterinário experiente na área. Somente dessa forma é possível garantir resultados atrativos para o mercado de criação e aprimoramento de raças, por exemplo.

É importante que o profissional saiba todos os processos que envolvem a inseminação, desde a coleta até a aplicação do sêmen  na égua escolhida. São procedimentos que parecem simples, mas que realizados por um profissional inexperiente podem não resultar na taxa de prenhez desejada.

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Fonte: Periódicos PUCPR, CPT Cursos Presenciais e Escola do Cavalo



Atualizado em: 23 de setembro de 2020

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