Medicina Veterinária aposta em células-tronco para curar animais

A médica veterinária Michele Barros afirma que são utilizadas células-tronco retiradas do dente-de-leite de gatos para tratar esses animais.

A gata Ariel, que sofre de insuficiência renal crônica, de tempos em tempos, necessita dessa aplicação. Com o auxílio do ultrassom, as células-tronco são injetadas nos seus rins. Ela parou de sofrer e já voltou a comer, segundo seu dono, Roberto. Sua preocupação é proporcionar a ela melhor qualidade de vida, mesmo com a consciência de que não se pode vencer a morte. Ainda dormindo, Ariel deixa a clínica e volta para casa em grande estilo.

Outro caso de aplicação de células-tronco é o da cadela Raica, que se trata de leucemia canina, doença fatal. “Ela estava condenada. Faz três anos que estaria condenada”, diz Sandra, sua dona. Raica mostrou melhora após receber aplicações na veia e na medula, quando voltou a latir.

Terapias com células-tronco, em animais de estimação, podem significar mais tempo de vida. Em animais como Shining, um cavalo, o tratamento pode fazer a diferença entre uma carreira de sucesso e sua aposentadoria precoce. Ele sofreu rompimento de dois tendões, durante sua primeira competição de “laço ao bezerro”. O veterinário retirou células-tronco da gordura do traseiro e aplicou-as na pata, e, como num passe de mágica, Shining voltou a treinar em três meses.

É bem possível que, além de regenerar órgãos e tecidos, os cientistas possam fazer de uma pequena célula um animal inteiro, um perfeito clone desses seres muito amados, os animais de estimação.

 

Fonte: Globo Repórter

Adaptação: Revista Veterinária

 

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