Noroeste paulista discute sobre a prevenção à leishmaniose

Devido ao alto número de casos de leishmaniose viceral registrados em cidades como  Araçatuba, Bauru, Jales e Santa Fé do Sul, a diretoria da 63ª subseção da OAB de Jales, através de sua Comissão do Meio Ambiente, a Associação Jurídica de Defesa Ambiental e Animal (AJUDAA) e a Comissão do Meio Ambiente da OAB de São José do Rio Preto, promoveram o I Seminário de Leishmaniose Visceral do Noroeste Paulista, em São José do Rio Preto.

O evento  contou com a participação de renomados especialistas para debater a leishmaniose visceral, grave doença de saúde pública por se tratar de uma zoonosede alta letalidade.

Segundo a presidente da comissão do Meio Ambiente da OAB de Jales e Defensora dos Animais, Vivi Vieri, esse encontro é muito produtivo para alertar sobre a importância da conscientização e para encontrar medidas efetivas na redução da doença, como o encoleiramento em massa dos cães e a castração de animais. “Nossa comissão pretende levar a discussão ao governo do Estado de São Paulo para apresentar as soluções existentes e ampliar as medidas para outras cidades do Estado”, enfatiza.

Encoleiramento em massa no Brasil

Para combater o avanço da doença no País, o Ministério da Saúde fará um projeto-piloto de encoleiramento em massa de cães como uma das medidas de controle da leishmaniose visceral a partir deste ano. O projeto-piloto será um estudo para avaliação da coleira impregnada com deltametrina a 4% quando utilizada em larga escala, como ferramenta adicional no Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral.

Sobre a leishmaniose visceral

A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um mosquito conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença, no ambiente urbano, visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.500 pessoas são infectadas anualmente.

Apesar de classificada como doença de caráter rural, a boa adaptação do mosquito transmissor à vida urbana tem permitido a rápida expansão da doença no Brasil. Os desmatamentos, processos migratórios e o crescimento desordenado também contribuem para essa expansão e alteração do perfil epidemiológico da doença. “Por isso é de extrema importância adotar medidas preventivas para evitar que o cão seja infectado”, ressalta o Médico Veterinário e gerente Técnico da Intervet/Schering-Plough, Andrei Nascimento.

“Pesquisadores estimam que nas áreas endêmicas, para cada humano doente, existam 200 cães infectados”, finaliza.

 

Fonte: Portal Saúde Brasil

Adaptação: Revista Veterinária

 

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