Entenda o funcionamento da anestesia total intravenosa (TIVA) em pequenos animais

anestesia total intravenosa

A anestesia total intravenosa, também chamada de TIVA, é uma técnica que vem sendo bastante empregada em pequenos animais durante a rotina clínica. A TIVA consiste na indução e na manutenção realizada com a utilização de fármacos intravenosos, sem o emprego de agentes anestésicos inalatórios. 

O uso dessa técnica apresenta diversas vantagens, porém, assim como outras, ela exige conhecimento dos riscos e dos cuidados necessários para aplicação. Se deseja saber mais sobre a realização da anestesia total intravenosa em pequenos animais, continue a leitura do artigo e tire todas suas dúvidas.

Como funciona a TIVA e suas indicações

A anestesia total intravenosa tem por finalidade atribuir ao paciente componentes da anestesia geral como a hipnose, a analgesia e o relaxamento muscular, resultando em uma anestesia balanceada, segura e estável, sendo indicada para pacientes que precisam estar nessas condições. 

Este tipo de anestesia pode ser realizada através de bombas ou seringas de infusão de diferentes graus de sofisticação, ou através de métodos simples como mensuração por gotejamento. 

Nos pequenos animais, o propofol é o fármaco mais recomendado, porém ele precisa ser associado a outros analgésicos, agentes anestésicos locais ou dissociativos, como cetamina, lidocaína e certos opióides de ultra-curta duração, para garantir uma anestesia balanceada. A partir dessa associação é possível reduzir a taxa de infusão, minimizando assim os efeitos colaterais.

Riscos e cuidados necessários na anestesia total intravenosa 

O uso da TIVA possui algumas vantagens em relação à anestesia geral inalatória. Entre elas estão:

  • uma maior praticidade, não exigindo grande investimento na aquisição de aparelhagem específica;
  • melhor estabilidade hemodinâmica;
  • redução na resposta adrenérgica ao estímulo cirúrgico com  redução  na  concentração  de  catecolaminas circulantes. 

Por outro lado, a anestesia total intravenosa apresenta algumas limitações como necessidade de cateterização de uma veia para a infusão, independente da utilizada para a fluidoterapia. Importante ressaltar que a TIVA é contraindicada para animais que possuam comprometimento hepático ou renal. 

Por isso, assim como as outras técnicas anestésicas, a TIVA possui riscos para o paciente. Um dos principais perigos é a dificuldade de mensuração em tempo real das concentrações sanguíneas dos fármacos administrados, o que pode comprometer o plano anestésico.  

Por esta razão, é fundamental que o animal seja submetido a uma avaliação pré-anestésica com o objetivo de identificar fatores de risco individuais e desafios fisiológicos no animal, para estimar o risco cirúrgico.

Também é preciso considerar o histórico do animal, bem como idade, raça e até mesmo o temperamento. Por fim, um exame físico deve ser feito para revelar fatores como sopro cardíaco, arritmia ou alterações pulmonares.

O uso seguro e eficaz da TIVA requer que o anestesista tenha um bom entendimento da farmacocinética envolvida. Em caso de algum problema, somente um profissional qualificado é capaz de identificar e agir rapidamente para evitar danos. 

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Fontes: Núcleo do Conhecimento, CPT Cursos Presenciais, Revista Udesc. 

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