Saiba por que fazer a sexagem fetal em equinos e as técnicas utilizadas

sexagem fetal em equinos

A sexagem fetal em equinos consiste em um exame para identificar qual será o sexo do potro ainda nos primeiros meses de gestação. A técnica pode ser utilizada em diversas fases da gestação, variando entre as condições nas quais o animal se encontra e respeitando o conforto e o risco da prenhez. 

O aumento exponencial da equinocultura no Brasil fez crescer a necessidade da utilização de biotécnicas da reprodução, com o objetivo de aumentar a produção e facilitar o manejo nos criatórios. No caso dos equinos, a sexagem fetal pode ser feita de três formas, sendo duas mais frequentes. Veja mais sobre os métodos e entenda como a ultrassonografia é fundamental nessa fase. Boa leitura!

Tipos de sexagem fetal em equinos

Identificação do tubérculo genital

O tubérculo genital é o processo embrionário que dará origem ao pênis nos machos ou ao clitóris nas fêmeas. A sexagem fetal realizada a partir da identificação do tubérculo genital deve ser feita no período entre 55 a 70 dias após a data provável de fecundação. 

Durante a diferenciação, o tubérculo se desloca da sua posição inicial, entre os membros posteriores, em direção ao cordão umbilical nos machos ou em direção à base da cauda nas fêmeas. 

Esse método de sexagem não é tão simples quanto em bovinos. Isso de deve à visualização dificultada pela presença de grande quantidade de líquidos placentários e maior mobilidade fetal decorrentes do cordão umbilical mais longo que o dos fetos bovinos. Por isso, o médico veterinário deve ter conhecimento suficiente para realizar o exame.

Identificação das gônadas fetais e genitália externa

A segunda forma de realizar esse tipo de sexagem é através de um procedimento conhecido como identificação das gônadas fetais e genitália externa. Este pode ser obtido pelas duas ultrassonografias: transretal e transabdominal.

A sexagem fetal por meio das gônadas (ovários e testículos) não é realizada apenas pela identificação delas. Mas em conjunto com a genitália externa (pênis e clitóris), estruturas que foram originadas a partir do tubérculo genital

Nesse caso, o período de realização deve ser entre 90 e 120 dias de gestação, sendo possível identificar algumas partes do filhote, como os testículos, escroto e uretra (nos machos), glândula mamária, ovários e vulva (nas fêmeas) e prepúcio ou pênis dos potros.

Vale reforçar que caso a gestação já esteja mais avançada, o mais indicado é o exame através da ultrassonografia transabdominal, devido à posição do feto no útero e também à baixa tolerância ao toque retal. 

Sexagem por meio do DNA fetal livre circulante

O mais recente método para a sexagem fetal em equinos é por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) para sexagem molecular. Apesar dos resultados sensíveis, precisos, rápidos e confiáveis, a técnica ainda não está entre as mais utilizadas nos criadores.

Por que utilizar a ultrassonografia na sexagem fetal?

A ultrassonografia é essencial para a realização da sexagem fetal, pois além de identificar do sexo do potro, também não é um exame invasivo. Ou seja, fazer a sexagem por meio da ultrassonografia não coloca a vida da mãe e do feto em risco. 

A garantia de maior eficácia no diagnóstico é outro ponto positivo, principalmente porque essa tecnologia é um grande avanço e uma aliada para a produção de equinos bem como na comercialização da sexagem. Além disso, a ultrassonografia pode ajudar em diversas outras decisões do criador, tais como: 

  • Fixação do valor de mercado
  • Inclusão (ou não) das éguas remates; 
  • Decidir se mantém ou não o cruzamento com determinado garanhão, uma vez que ele pode produzir mais filhotes de determinados sexos. 

Todavia, o médico veterinário que deseja atuar na área precisa ter conhecimento e prática necessários para efetuar o exame e oferecer um diagnóstico correto ao criador. Portanto, a melhor maneira de aprofundar seus estudos é por meio do Curso de Ultrassonografia e Palpação Retal em Equinos. Saiba mais sobre essa oportunidade! 

Fontes: Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.38, n.1, p.37-42, Tudo VET, Shop Veterinário.

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