Melhoramento genético em equinos: como se capacitar na área?

Melhoramento genético em equinos

O melhoramento genético em equinos é um diferencial para o médico veterinário que atua na área de reprodução e pretende deixar os animais mais resistentes e superiores, de acordo com as características desejadas do proprietário. 

O aumento das pesquisas sobre o tema, permitiram o desenvolvimento de diversas biotécnicas que impactam nos resultados, principalmente quando se trata de cavalos competidores. Com isso, a busca pela qualificação na reprodução tem crescido também entre veterinários, proprietários, tratadores e criadores destes animais. 

Confira ao longo deste artigo as principais técnicas utilizadas no melhoramento genético de equinos e adquira mais conhecimento na sua carreira!

Técnicas de melhoramento genético mais usadas em equinos

As biotécnicas são a execução de métodos para que os resultados da reprodução sejam satisfatórios tanto no aprimoramento da raça quanto nos interesses mercadológicos do animal. Entre as principais estão: a inseminação artificial, a transferência de embriões e a produção de embriões in vitro. Esta última, ainda em fase inicial no Brasil. 

Inseminação Artificial (IA)

A IA é uma biotecnologia que tem bons índices de fertilidade e progresso genético, permitindo um número expressivo de progênies por garanhão. A técnica consiste na fecundação de uma ou mais éguas de alta linhagem com um garanhão que apresente alto valor. Uma das vantagens de se utilizá-la é quanto a aplicação, que pode ser feita com sêmen fresco, resfriado ou até sêmen congelado de reprodutores mortos. 

Além da viabilidade econômica, a inseminação artificial em equinos tem como benefícios evitar o cansaço dos animais e permitir o aprimoramento genético na criação, uma vez que são usados animais com as principais características de interesse. O Brasil está entre os países nos quais os criadores de equinos mais aplicam a IA com sêmen resfriado.

Transferência de embriões

A transferência de embriões (TE) é um processo que envolve uma fêmea doadora de embriões e outras éguas que irão recebê-los. Neste caso, as fêmeas receptoras recebem os embriões gerados pelas matrizes de alto valor genético (garanhão + égua doadora). Por este motivo, o uso deste procedimento se sobressai na reprodução equina, visto que envolve não só o garanhão de alto valor, mas uma fêmea com grandes vantagens do ponto de vista genético. 

Entre os benefícios da TE estão:

  • a possibilidade de ter mais descendentes anualmente:
  • a introdução de animais mais jovens antecipando o ingresso de fêmeas jovens na reprodução;
  • do mesmo modo, a utilização de éguas mais velhos nesse ciclo reprodutivo, obtendo potros de éguas idosas ou com problemas de parição. 

Produção de embriões in vitro

Esta é uma biotécnica moderna e ainda pouco utilizada no Brasil, sendo considerada em estágio inicial no país. O procedimento é feito a partir da introdução transvaginal de um guia de aspiração onde se retira os oócitos dos folículos da fêmea doadora, presentes em seus ovários. O uso da ultrassonografia auxilia para que a aspiração folicular ocorra da melhor forma possível, uma vez que as imagens obtidas pelo aparelho ajudam a visualizar o folículo do qual serão retirados os oócitos. Os oócitos captados pela aspiração folicular e maturados in vitro apresentam, geralmente, resultados superiores.

Para a viabilização da técnica, são administrados hormônios estimulantes que promovem a formação de oócitos e folículos nas fêmeas. Essa forma de reprodução demanda planejamento e acompanhamento, mas tem vantagens como a possibilidade do uso imediato ou posterior dos oócitos retirados e o fato de permitir que os oócitos de fêmeas idosas ou inférteis sejam coletados e utilizados nos processos seguintes. 

Fatores que influenciam em programas de melhoramento genético

Para alcançar o sucesso com o melhoramento genético em equinos é preciso atenção em alguns pontos. É necessário, basicamente:

  • dispor de boas condições de higiene:
  • detectar o cio e manusear as fêmeas corretamente;
  • conhecer bem as características do sêmen fresco, resfriado ou congelado;
  • além de considerar idade, escore corporal, histórico reprodutivo e fertilidade dos animais.

Para isso, a capacitação profissional é essencial para a execução das técnicas. O médico veterinário deve saber o funcionamento de cada etapa dos procedimentos apresentados, fazer treinamentos práticos e usar os equipamentos corretos para assegurar a eficácia do procedimento. Quer aprender mais? Clique aqui e conheça o Pacote de Cursos em Reprodução Equina e atue de forma mais completa na sua profissão. 

Fontes: Shop Veterinário, Compre Rural, CPT Cursos Presenciais, Portal Escola do Cavalo, Universidade Online de Viçosa. 

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