Cadela tetraplégica conta com ajuda de um “cão amigo ” para recuperar movimentos

Lindinha uma cadela que teve Cinomose, doença causada por um vírus que ataca o sistema nervoso do animal, pode comemorar ontem quarta-feira (04/10) o dia do animal, graças às sessões de fisioterapia e a amizade com o cão Happy que fizeram com que ela melhorasse das sequelas causadas pela doença.

Em dois meses, a vira-lata mostrou que a recuperação para os problemas causados pela doença é possível. Quando iniciou o tratamento em uma clínica de Ribeirão Preto (SP), Lindinha mexia apenas os olhos. A expectativa da veterinária responsável é que ela ainda possa ter uma vida normal.

A veterinária Taíse Filipin, de 26 anos, conta que: “Quando a Lindinha chegou à cliníca, ela mexia apenas os olhos, não fazia mais nada. O quadro dela e do Happy, que se tornou companheiro da Lindinha nas sessões de fisioterapia, era de tetraplegia”. “O Happy nunca gostou de nenhum outro cachorro, mas a afinidade com a Lindinha foi instantânea. Atualmente, eles são inseparáveis, não consigo fazer a fisioterapia de um sem o outro, os dois choram bastante”, comentou Taíse. A cadela morava no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

Bianca Shimizu, veterinária, conta que Happy foi abandonado em frente ao seu local de trabalho. O cachorro apresentava má formação na coluna e nas articulações, e conseguia mexer apenas a cabeça e o rabo. “Agora o Happy já senta, melhorou muito”, disse Bianca. Do improvável, nasceu uma grande amizade. Quis o destino que os vira-latas, que utilizam cadeiras de rodas como meio de locomoção se tornassem amigos. O bravo Happy dá lugar a um cão carinhoso e dócil quando está ao lado da amiga Lindinha.

O motivo da amizade dos dois animais pode ser explicado pela personalidade de cada um dos cães. O Happy é dominante e nunca gostou de nenhum outro cachorro. Já a Lindinha é submissa e muito carente. Ela nunca teve medo dele e, com isso, foi se aproximando. Sempre ficava ao lado do Happy, mesmo ele rosnando e latindo para ela. “Assim, os dois foram se tornando amigos e agora são inseparáveis”, concluiu a veterinária.

Em relação ao futuro dos animais Taíse explica que o quadro de Happy é estável e que provavelmente não apresentará evolução. No caso da Lindinha ela acredita que a cadela voltará a andar e terá uma vida próxima do normal, pois ela evoluiu muito em pouco tempo. Os dois animais têm a disposição três clínicos, uma fisioterapeuta e uma acupunturista.

Fonte: G1

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 8 de outubro de 2012