Cardiomiopatia em gatos

A doença do músculo cardíaco é denominada cardiomiopatia ou miocardiopatia. Ela causa endurecimento das paredes do coração (hipertrofia) ou a sua dilatação.Em qualquer dos casos, as funções cardíacas ficam seriamente comprometidas.

A cardiomiopatia em gatos apresenta como sintomas frequentes a falta de ar, perda de apetite e letargia. Já em cachorros, um sinal importante é a tosse.

As causas podem ser de origens diversas, como a deficiência de taurina, um aminoácido essencial, que evita a dilatação do músculo cardíaco em gatos. A ingestão de ração industrializada, contendo taurina, pode reduzir bastante esse risco.

Existem as causas metabólicas (hipertireoidismo, acromegalia); infiltrativa (neoplasias); inflamatória (toxinas, reações imunológicas, agentes infecciosos); genética (algumas cardiomiopatias hipertróficas apresentam fortes suspeitas); e tóxicas (doxorrubicina, metais pesados).

Em gatos idosos, a hipertensão (pressão alta) é também fator importante no diagnóstico, pois provoca sérios danos aos vasos sanguíneos, causando o espessamento das paredes cardíacas, o que faz o coração trabalhar mais. Muitas vezes, entretanto, não se consegue detectar as causas da cardiomiopatia em gatos.

Para um diagnóstico mais preciso, é necessário que se faça uma radiografia torácica e o ecocardiograma, além do eletrocardiograma (ECG), para que seja avaliado o ritmo cardíaco.

A gravidade e o tipo de cardiomiopatia, na observação dos sintomas, é que vão determinar o tratamento a ser adotado. No caso de alguma doença secundária, sendo corrigida, desaparece também a cardiomiopatia, enquanto que não sendo detectada nenhuma doença subjacente, o tratamento deve-se voltar para o controle da pressão arterial e a frequência cardíaca, propriamente ditas.

A perspectiva de sobrevivência dos gatos com insuficiência cardíaca varia muito, de acordo com a gravidade da doença. Não há informação segura disponível para esse prognóstico. Alguns sobrevivem por longos anos, apesar de serem cardiopatas graves. Outros, mesmo com sintomas de cardiomiopatia menos grave, morrem num curto espaço de tempo.

Por: Dr. Cícero Geraldo P. de Santana

Fonte: Cardiologia Pet

Adaptação: Revista Veterinária

 

 

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