Cavalos Selvagens são capturados e vendidos pelo governo dos EUA para abate

Cavalos selvagens e burros no oeste americano todos os anos são laçados e capturados. O governo federal dos EUA usa helicópteros que fazem voos rasantes para laçarem e capturarem milhares destes animais. Agora, existe evidência que mostra que o governo tem consciência de que estava vendendo os cavalos para um homem que compra e vende cavalos para abate.

O tratamento desumano de cavalos selvagens em rodeios tem sido bem documentado. Os cavalos correm quilômetros, perseguidos até entrarem numa armadilha de baia, são amontoados em trailers e confinados em baias, onde os potros são separados de suas mães.

Uma investigação recente da ProPublica ( redação independente que produz jornalismo investigativo)  revelou que o que acontece com os cavalos depois da captura pode ser ainda pior do que acontece com eles nos rodeios.

ProPublica relata que, desde 2009, o BLM vendeu 1.700 cavalos selvagens, 70% de toda a venda foi feita a um conhecido comprador e defensor do abate de cavalo Tom Davis, vizinho e sócio empresarial do Interior Secretário, Ken Salazar. Incrivelmente, o governo dos EUA pagou milhares de dólares para enviar os cavalos a Davis, que pagou menos de US $ 10 por peça.

O famoso comprador que mata os cavalos adquiridos nos EUA e vende-os para abate no México, Davis, disse ao governo que ele estava comprando os cavalos selvagens para “usá-los nos filmes” neste país.

Tom Davis disse a ProPublica, “Diabos, algumas das melhores carnes que você nunca vai comer é um potro de gordura sobreano. O que há de errado em tomar todos os cavalos BLM que têm toda a gordura e criar uma fábrica de matar?”.

Davis comprou 560 cavalos em 2009, 332 em 2010, 599 em 2011 e mais 239 apenas nos primeiros quatro meses deste ano, com média de 35 cavalos por vez e, às vezes, 240. Isso é muito mais do que um ou dois cavalos para a maioria dos compradores de BLM por ano.

É difícil acreditar que esses cavalos selvagens estão protegidos por um ato do Congresso e são ícones nacionais. O governo federal deve cuidar da terra e de seus animais, ao invés de colocar espécies contra espécies e escolher o vencedor com base no maior lucro.

Esta atividade deveria ter alarmado o Interior Departamento, mas o governo não se manifestou perante as reivindicações implausíveis de Davis. Em vez disso, os e-mails internos revelam que, na verdade, o governo se voltou para Davis para que ajudasse a aliviar um sistema sobrecarregado. Será que o Interior Departamento vendeu os cavalos selvagens para abate, apesar de uma proibição do Congresso?

Isso é o que precisa ser descoberto e, nesse meio tempo, há de se exigir o fim dos rodeios, caros e cruéis.

Agora, mais do que nunca, sabe-se que este não é um programa de gestão federal. É realmente um programa de eliminação.

Há agora mais cavalos selvagens apinhados em instalações do governo (50.000) do que livres na natureza (31.000). Se for permitido que esse programa continue, ele vai acabar com os mustangs em liberdade.

Existe uma maneira melhor de gastar milhões de dólares dos contribuintes (quase US $ 80 milhões este ano) do que ter helicópteros para perseguir os cavalos selvagens, inclinando suas lâminas para aterrorizá-los e colocá-los em baias, onde passam confinados o resto da vida.

A Care2 apoia um controle da fertilidade seguro e comprovado para manter os níveis de população saudáveis e restaurar o habitat perdido para os cavalos selvagens. Essa é uma solução mais rentável e muito mais humana.

No entanto, antes, precisamos de respostas. É por isso a campanha da Care2 lançou uma petição para o secretário Ken Salazar, para suspender imediatamente os programas de rodeio e pedir uma investigação completa. Em apenas uma semana, foram reunidas mais de 25.000 assinaturas.

Esta mensagem contra a crueldade precisa ser levada ao Secretário Salazar, ao Congresso e à Casa Branca, pois representamos dezenas de milhares de partidários em todo o mundo, e, se os que defendem os direitos animais não agirem logo, não haverá mais cavalos selvagens para salvar.

Fonte: Anda

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 30 de outubro de 2012