Diarreia em cordeiros

A diarreia nos cordeiros é uma doença que envolve vários fatores, já que pode ser causada por vários organismos. Portanto deve-se estar sempre atento não apenas ao estado do animal, mas ao ambiente em que o mesmo se encontra, a nutrição dos animais e os agentes infecciosos. Nos animais recém nascidos é uma das principais doenças que causam mortes. Existem quatro principais agentes causadores de diarréias em cordeiros: Escherichia coli, rotavirus, Cryptosporidium e Salmonella.  A primeira ataca cordeiros de menos de uma semana que mostram diarréia, desidratação, fraqueza e mortalidade de 75%. Outra forma clínica da Colibacilose (causada por amostras patogênicas de Escherichia coli) é a "Boca-D"água" que ataca cordeiros entre 12-72h de vida. Os sintomas são depressão, boca fria e excesso de salivação. A doença ocorre em cordeiros que receberam doses insuficientes ou retardadas de colostro e ingeriram E. coli que se multiplica rapidamente no intestino. A motilidade intestinal reduzida em cordeiros recém-nascidos facilita a multiplicação desse organismo. Para prevenção das diarréias é necessário proporcionar locais de parto o mais limpo possível e possibilitar ao neonato a ingestão da quantidade correra de colostro. Deve-se isolar os animais acometidos do resto dos cordeiros.

A salmonelose também é causadora de problemas para os produtores. Causa enterite esporádica em cordeiros. Os surtos são associados com aborto, febre, diarréia e mortalidade alta. As espécies mais comuns são a S. dublin e S. typhimuriun. O diagnóstico está baseado na cultura de Salmonella do intestino, fígado e baço. O vírus, aparentemente, destrói as células das vilosidades do intestino, levando à atrofia e à diarréia por má absorção. A doença ataca cordeiros na primeira semana de vida e dura somente alguns dias. O diagnóstico é feito pela detecção do Rota – virus em teste de ELlSA nas fezes.

O controle dos fatores causadores da diarreia inclui vacinação, boa higiene nos potreiros de parição e desinfecção do umbigo dos cordeiros com iodo. Em casos de "Boca D"água", é necessário o tratamento via oral à base de antibióticos. A prevenção é feita, aumentando-se os cuidados com higiene, e a ingestão de colostro (materno ou artificial ProLam) nas primeiras 6h de vida do cordeiro.

  Fonte: CPT Cursos Presenciais

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Atualizado em: 18 de julho de 2011