Dicas de como fazer um bom exame radiográfico em pequenos animais

Para que se consigam exames radiográficos de qualidade técnica comparáveis, e seja possível estabelecer um padrão radiográfico, é muito importante que os exames de tórax sejam produzidos de forma repetitiva.

O processo de rotina inclui duas incidências (projeções), sendo uma ventrodorsal e outra em láterolateral. O mais usual é o posicionamento em decúbito direito. Pode ser feito em dorsoventral, bem como em decúbito esquerdo, conforme o protocolo da clínica.

Embora pouco difundida entre os clínicos veterinários, é sabidamente importante que sejam feitos os dois decúbitos laterais, principalmente na pesquisa de neoplasias, pois ao se posicionar o paciente, os lobos pulmonares dependentes do decúbito sofrem uma ação de compressão das estruturas opostas, impedindo, assim, que estes se insuflem por completo.

Para uma visualização completa do parênquima pulmonar, é necessário que a exposição dos Raios Xocorra no pico da inspiração, alcançando, assim, o máximo de contraste entre as estruturas torácicas, salvo em condições específicas.

Deve-se enquadrar, no filme, a região que compreende o manúbrio do esterno e a última costela, com uma folga de 3 cm, tanto cranial como caudal, escolhendo, assim, um tamanho adequado de chassi para que não ocorram cortes e sobras desnecessárias.

A técnica recomendada deve ser a mais rápida permitida pelo aparelho (mAs) combinado com alta kilovoltagem e utilização de mesa buck, isso devido ao fato dos nossos pacientes, na sua maioria, apresentarem uma respiração ofegante. Recomenda-se não utilizar aparelhos conjugados, em especial com animais com tórax superior a 07 cm de diâmetro aproximadamente.

Quando ocorre uma subexposição, o parênquima pulmonar fica mais branco, dando uma impressão radiológica falsa de aumento de radiopacidade. Já, quando ocorre o contrário, a superexposição, o enegrecimento poderá ocultar alterações patológicas.

Ao se posicionar o paciente para a realização do exame em decúbito lateral, os membros torácicos devem estar paralelos um em relação ao outro, e tracionados cranialmente. Os membros pélvicos também devem estar simétricos entre si e tracionados caudalmente. O esterno e a coluna vertebral devem estar paralelos à mesa e no mesmo nível. O raio central deve incidir na margem caudal da escápula, na altura da quinta costela.

Para se verificar o nível líquido em efusões pleurais, utiliza-se o raio horizontal com o paciente em decúbito lateral direito, ou com o animal apoiado nos membros pélvicos com o auxílio do buck mural.

Com o animal em decúbito ventrodorsal, deve-se utilizar um anteparo (calha) para o conforto e tranquilidade do paciente, o esterno deve se sobrepor à coluna vertebral, os membros torácicos devem estar tracionados cranialmente, e os pélvicos, caudalmente.

 Para se avaliar a silhueta cardíaca, o posicionamento dorsoventral é mais indicado. Também deve ser utilizado para pacientes que se comportam melhor e também para aqueles que estão com dificuldade respiratória.

Fonte: imagingonline

 Adaptação: Revista Veterinária

 

 

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