Doenças mais comuns que acometem o rebanho leiteiro

Doenças mais comuns que acometem o rebanho leiteiroO rebanho leiteiro está sujeito a várias moléstias que trazem grande prejuízo à produção, dentre as doenças mais comuns temos a mastite, tristeza parasitária bovina, brucelose, tuberculose, febre aftosa, leptospirose, clostridioses, doença do casco.

A mastite se caracteriza por uma inflamação da glândula mamária, que geralmente é causada por uma infecção que pode ser de diversos tipos de microrganismos, as bactérias são as mais comuns, é a moléstia mais comum nos rebanhos leiteiros. Com a inflamação as paredes dos vasos sanguíneos se dilatam e outras substâncias contaminam o leite, as lesões também prejudicam a produção do leite. Os agentes patogênicos mais comuns podem ser classificados em dois grupos: contagiosos e ambientais. Os microrganismos contagiosos são aqueles cujas principais fontes de infecção para o rebanho são o úbere ou canal da teta infectados, ou lesões nas tetas infectadas, à disseminação se dá de um quarto infectado a outro ou de uma vaca para outra durante o processo de ordenha. Os microrganismos ambientais estão normalmente disseminados no solo, utensílios, dejetos, água ou outros locais e podem atingir a extremidade da teta a partir daí.

A tristeza parasitária bovina ou babesiose, ou anaplasmose é uma infecção causada por protozoários do gênero Babesiasp. e Anaplasma sp., devido ao clima tropical quente e úmido do Brasil, a moléstia encontra condições ideais para o seu desenvolvimento, causa grandes prejuízos à bovinocultura, pois além dos custos requeridos para seu controle e tratamento, causa a diminuição da produtividade ou até mesmo a morte do animal. A doença causa anemia, fraqueza, febre, constipação, icterícia, depressão, desidratação, falta de apetite e respiração ofegante.

A brucelose pode ser transmitida do animal para o homem através da ingestão do leite não pasteurizado, queijos e em contato com o sangue ou esterco dos animais doente. A doença é causada pela bactéria Brucellaabortus, provocando abortosem vacas em torno de 6-7 meses de gestação.

A turbeculose também é transmissível ao homem, pelo ar ou vi entérica (intestino), causada pela Micobacteriumbovis. A evolução da doença é crônica, caracterizada pela formação de tubérculo, bem como lesões em gânglios, brônquicos e/ou mediastínicos. Os animais doentes apresentam dificuldade respiratória, tosse seca e fraqueza geral.

A febre aftosa é uma moléstia viral altamente contagiosa. Os principais sintomas são febre alta, salivação, depressão, cansaço, anorexia e andar coxo. A prevenção se dá por meio da vacinação dos animais a cada seis meses, a partir dos três meses de idade.

Causada pela bactéria Leptospirasp, que aloja-se nos rins e fígado, a leptospirose causa hemólise ou destruição das células vermelhas do sangue. A transmissão se dá por meio de contato com outro animal infectado, água e alimentos contaminados. Os principais sintomas são a urina avermelhada, abortamento e queda acentuada na produção de leite.

A clostridiose é uma intoxicação causada pela bactéria do gênero Clostridium, são anaeróbias, capazes de permanecer nas áreas contaminadas durante anos. Estão presentes normalmente no solo e no tubo digestivo dos animais, mesmo sadios. Produzem substâncias tóxicas responsáveis pelos sintomas e lesões dos animais doentes, pode levaros animais à morte. A clostridiose pode ser classificada em em gangrenas gasosas (carbúnculo sintomático e edema maligno); enterotoxemias (doença do rim polposo, enterotoxemia hemorrágica, enterotoxemia dos bovinos adultos, hepatite necrótica infecciosa; hemoglobinúria bacilar) e ainda doenças neurotrópicas (tétano e botulismo).

Caracterizada por um conjunto de doenças que afeta a extremidade dos membros incluindo pele, tecidos subcutâneo e córneo, ossos, articulações e ligamentos, as doenças de casco, representa uma das principais doenças que acometem o gado leiteiro. Dentre as doenças de casco temos a dermatite digital, dermatite interdigital, flegmão interdigital, hiperplasia interdigital, doença da linha branca, erosão do talão, pododermatite asséptica difusa, pododermatite asséptica localizada, pododermatite circunscrita, pododermatite do paradígito e pododermatite séptica. O manejo inadequado dos animais possibilita o surgimento das moléstias e também as dietas ricas em carboidratos, falta de apara dos cascos e pisos úmidos e ásperos.

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Fonte: Qualidade do Leite

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 19 de maio de 2014