Falta de controle na venda de medicamentos veterinários pode colocar em risco a vida de humanos

Muito tem se discutido sobre o uso inadequado de medicamentos, tanto em humanos como em animais. Não faz muito tempo em que esteve em pauta a discussão sobre a obrigatoriedade do uso de receitas para aquisição de medicamentos veterinários. E cada vez mais essa necessidade aumenta. A facilidade de adquirir um fármaco de uso veterinário, não vem prejudicando apenas animais, muitas pessoas se apropriam dos mesmos para uso humano ilegal, buscando efeitos entorpecentes.

Medicamentos como a quetamina, um anestésico dissociativo, de uso exclusivo veterinário vem sendo utilizado, em uma amplitude preocupante, como uma espécie de “droga” por humanos, causando uma forte dependência química nos mesmos, comparada à dependência da cocaína. O clembuterol é outro medicamento que erroneamente é utilizado por fisiculturistas e frequentadores de academia para a obtenção de resultados inexistentes, causando uma diversidade de consequências maléficas ao organismo.

Devido a essa enorme preocupação, no dia 22 de março, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), principal órgão de representação da classe, solicitou ao Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), através do presidente do CFMV, Benedito Fontes de Arruda ao secretário de defesa agropecuária, Enio Antonio Marques Pereira, a publicação imediata da instrução Normativa (IN) de comercialização de medicamentos veterinários.

“É indispensável que o Ministério da Agricultura se movimente, o quanto antes, no sentido de realizar as ações para controle dos medicamentos”, afirmou o presidente do CFMV. “Tais ações permitiriam diminuir o desvio de medicamentos que são usados erroneamente pelos humanos, causando dependência química, efeitos colaterais graves e até a morte, em alguns casos”, disse Arruda preocupado com a saúde humana, papel que também é do Médico Veterinário.

A legislação, já pronta desde 2008, ano em que foi colocada em consulta pública, até hoje não foi oficializada, colocando em risco a saúde dos nossos animais e a saúde pública brasileira.

Fonte: CRMV SP

Adaptação: Revista Veterinária

 

 

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