Investigação médica em chimpanzés pode estar chegando ao fim

De acordo com as informações do Wired Science, o Instituto Nacional de Saúde (INS) anunciou que todos os seus chimpanzés que vivem atualmente no Centro de Pesquisa New Iberia, seriam removidos permanentemente da população da pesquisa. O centro opera a maior colônia de pesquisa em chimpanzés dos Estados Unidos e é referência de uma prática já abandonada em outros países.

 O instituto foi durante muito tempo criticado por defensores dos animais por maltratar animais e pela criação ilegal de chimpanzés. “Esta é uma mensagem importante do INS, que essa era está chegando ao fim”, disse John Pippin, do Comitê de Médicos pela Medicina Responsável, um grupo de defesa animal. “Isso é fantástico.”

Em dezembro do ano passado, um grupo de especialistas reunidos pelo Instituto de Medicina (OIM), conselheiros da nação da ciência médica, declarou que a pesquisa médica em chimpanzés era eticamente problemática e cientificamente desnecessária. O INS anunciou uma moratória sobre novos financiamentos para pesquisas em chimpanzés e concordou em rever o estatuto dos seus próprios animais. Depois de anos de luta pelo fim da pesquisa médica em chimpanzés, cuja capacidade de pensar, sentir e sofrer não é muito distante da nossa, os defensores dos animais cumprimentaram a notícia com alívio cauteloso. As intenções do INS soam positivas, mas o que eles realmente farão é algo ainda a ser visto.

Kathleen Conlee, diretora de pesquisa animal da Humane Society dos Estados Unidos, alertou para o fato de que: “Eles estão dando um passo na direção certa, ao considerar esses chimpanzés inelegíveis para pesquisa”, mas prefiro vê-los ir para o santuário.” Ela observou que, embora 10 dos aposentados em New Iberia vá para o santuário Chimp Haven, o resto vai para o Centro Sudoeste de Pesquisa de Primatas no Instituto Biomédico do Texas.  Na verdade, foi uma tentativa de enviar os chimpanzés aposentados de volta para pesquisa no sudoeste que provocou a controvérsia que levou à realização do relatório do IOM e revisão do INS.

“Lugares como o Centro Sudoeste foram construídos para serem laboratórios de pesquisa. Nós urgimos para que os chimpanzés sejam enviados para algum lugar onde a missão seja o bem-estar dos deles”, disse Conlee. De acordo com Conlee, manter os animais no santuário Chimp Haven custa ao governo 40 dólares por dia, em comparação a 60 dólares em laboratórios de pesquisa.

Conlee e Pippin pediram às pessoas para apoiarem a Lei de Proteção Great Ape e a Lei de redução de custos. O projeto de lei prevê o fim das pesquisas médica usando chimpanzés.

Fonte: Anda

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 2 de outubro de 2012