Protocolos anestésicos em equinos: saiba quais são usados na odontologia

Protocolos anestésicos em equinos saiba quais são usados na odontologia
Foto: CPT Cursos Presenciais

Realizar protocolos anestésicos em equinos não é tão simples. O procedimento necessita de uma atenção especial, considerando que os cavalos são animais de grande porte. Outro ponto importante, é que para realizar qualquer procedimento na área de medicina veterinária, escolher a técnica é fundamental. Principalmente se a técnica exige anestesia. 

O conjunto dos fatores aplicados da maneira correta será responsável pelo sucesso do pré-cirúrgico, da cirurgia e da recuperação. No caso de procedimentos odontológicos, a contenção do equino é uma necessidade indispensável. Para atingir bons resultados acompanhe o nosso artigo, falaremos justamente sobre isso.

Opções de protocolos anestésicos em equinos

A saúde bucal é fundamental para a qualidade de vida de um equino. Alterações dentárias devido ao processo de domesticação e confinamento, associado à falta de um manejo adequado e tratamento odontológico periódico precário são comuns de serem observadas. Cavalos atletas também podem sofrer desgaste dentário, levando o animal a alguns problemas intra-orais. 

Em algumas situações, apenas o tratamento é indicado. Diferentemente do ser humano, todos os procedimentos realizados nos equinos necessitam de contenção adequada, até mesmo para casos avaliativos. Os tipos de sedação para a odontologia de equinos é restrita e exige protocolos dispendiosos. A xilazina é o sedativo mais usado para a contenção física de equinos, sendo de fácil aquisição. A detomidina também é muito comum. São eles os responsáveis pela sedação, analgesia e relaxamento muscular.

Para indução, existem uma variedade de fármacos que pode ser utilizada. Além disso elas podem ser associadas a outros medicamentos. Basicamente existem três principais formas de manutenção de anestesia em equinos: a anestesia intravenosa, a anestesia inalatória e a anestesia balanceada. Um dos protocolos mais utilizados em anestesia intravenosa total a campo, por exemplo, é a chamada “triple-drip”, ou gota tripla, onde se utiliza EGG, quetamina e xilazina ou detomidina em uma infusão contínua. 

Cuidados Pré-Anestésicos e Sedação 

Para efetuar qualquer procedimento nos cavalos é indispensável que seja feito um exame clínico do animal. Um exame clínico completo e uma análise do histórico do equino servem para garantir que o animal possa ser submetido à anestesia e para detectar possíveis anormalidades que necessitem de atenção especial durante o procedimento. 

Ainda como um cuidado pré-anestésico, deve-se verificar todo o material utilizado, bem como medicações a serem utilizadas e equipamentos como cordas, cabresto, peias, em caso de procedimento em centro cirúrgico. Os equipamentos de anestesia também devem ser testados. 

O efeito sedativo é resultante da diminuição da atividade noradrenérgica ascendente ao sistema reticular, especialmente no Locus coeruleus. Antes da realização de procedimentos anestésicos, é indicado que os pacientes tenham passado por um jejum alimentar de 12 horas. Uma anestesia de qualidade inclui uma sedação eficiente, uma indução sem estresse e segura, uma manutenção estável e uma boa recuperação.

Alguns tipos de bloqueios anestésicos regionais 

Os bloqueios são técnicas anestésicas com foco em um local. Um exemplo é o bloqueio perineural realizado na região distal do membro torácico do equino. Este bloqueio é útil em três situações: quando não se descobriu onde é a região sede da claudicação, para verificar se realmente toda a claudicação provém de uma região específica ou quando há a suspeita de que a dor seja proveniente de mais de uma região.

Alguns exemplos de bloqueios anestésicos perineural são o do nervo digital palmar, do campo da quartela, sesamóide abaxial e o bloqueio dos nervos palmar baixo e metacarpo palmar. 

Outros tipos de bloqueios anestésicos acontecem através do forame mandibular e mentoniano com bupivacaína. Neste caso, é como estar associado à infusão com sedativo com detomidina. O médico veterinário é capaz de detectar qual é o melhor tipo de bloqueio para cada intervenção. 

Aprenda de forma prática

Aprender a examinar, diagnosticar e tratar as doenças dentárias comuns nos equídeos é ideal para médicos veterinários ou estudantes focados na espécie que buscam se  especializar em odontologia. Saiba como se tornar um profissional especialista e referência quando o assunto é conhecimento em equinos clicando aqui. 

Fontes: Repertório UFMG, Ciência Animal, 26, Pubvet, Universidade Estadual Paulista.



Atualizado em: 1 de setembro de 2021

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