Os tratadores, de modo geral, devem estar bem familiarizados com todos os sinais de parto de uma vaca, e muito bem treinados nos cuidados a prestar àquelas que estejam a parir, incluindo o uso de auxiliares mecânicos.
As vacas em trabalho de parto não devem ser incomodadas, exceto se houver indicações de que o processo de parto não esteja transcorrendo normalmente. Mesmo assim, deve existir uma vigilância adequada.
O espaço disponível precisa ser suficiente para permitir que as vacas tenham o seu comportamento normal durante o parto. Se for limitado, não deverá abrigar crias com vacas, uma vez que as mais velhas poderão dominar as áreas para descanso e alimentação.
Antes de se utilizar qualquer tipo de meio auxiliar para o parto, a vaca deverá ser examinada para se verificar se a cria está na posição certa (isto é, apresentação anterior com a cabeça entre as duas patas anteriores e insinuadas no canal do parto. A apresentação posterior, com os dois membros no canal do parto também é considerada correta).
Também se deve verificar se a cria não é muito grande para um parto natural, de modo a não causar nenhuma dor ou angústia desnecessária quer à mãe, quer à cria, e possa indicar uma cesariana.
Caso existam dúvidas quanto à posição da cria ou à possibilidade de um parto natural, o ideal será procurar aconselhamento junto ao médico veterinário.
Se o parto for assistido, é essencial uma boa higiene pessoal e do equipamento. Os instrumentos auxiliares de parto deverão estar bem limpos e desinfetados, assim como qualquer corda que se utilize.
O fundamento da assistência ao parto é reposicionar o feto para possibilitar sua expulsão. Para isso, o feto deve ser empurrado para dentro do útero quando a vaca não estiver contraindo. Dentro do útero há mais espaço para movimentar o feto e depois realizar leve tração, quando necessário, nunca excedendo a força de duas pessoas. Esses cuidados, se observados com cautela, certamente farão com que o parto se realize com sucesso.
Fonte: Agromundo
Adaptação: Revista Veterinária
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