Quantidade e qualidade: Cresce o número de rebanhos que vêm da fertilização in vitro

Usada como estratégia para incrementar a produção, tanto leiteira como de carne, a inseminação artificial tem sido cada vez mais usada. E segundo a projeção do gerente da Central Bela Vista, Antônio Esteves essa elevação no uso da prática, seja por tempo fixo (IATF) ou convencional, vem modificando o cenário da pecuária nacional e afetando positivamente outros mercados. Como é o caso do setor de comercialização de sêmen.

A expectativa é de que sejam comercializadas 12 milhões de doses de sêmen no Brasil até o final deste ano, crescimento de 15,3%% em relação a 2010, quando foram vendidas 10,4 milhões.

Como a prática é de baixo custo, os produtores ficam menos receosos à implantação, e têm obtido bons resultados. Como é o caso do pecuarista Delcio Tannus Filho, proprietário de uma fazenda em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Com a produção média de 7 mil litros de leite/dia, a fazenda possui 600 cabeças, sendo 270 de vacas em lactação. Delcio utiliza, em sua criação, o bezerro de proveta, ou seja, a fertilização in vitro, com a supervisão de um veterinário da Central de Sêmens de Uberaba, Rodrigo Lombo. Para tanto, avaliam-se as características de cada candidata. Um programa de computador limita o parentesco do rebanho, a partir das informações enviadas, evitando-se, assim as perdas de até US$ 24 para cada ponto percentual de aumento de consanguinidade, entre os animais.

Através do sêmen catalogado, realiza-se o casamento das vacas da fazenda com os touros da central. Há uma grande melhoria de aproximadamente 200 quilos de leite/ano, por animal, é o que demonstra o programa, além de mostrar, ainda, um aumento de 2.3 de vida produtiva dos animais.

São investidos cerca de R$ 24 mil em sêmen/ano, nesses animais, o que não é considerado de alto custo, para a fazenda, em vista do melhoramento do rebanho, avalia Delcio.

As inseminações são realizadas por um funcionário treinado, e as doses chegam ao curral num botijão apropriado para o armazenamento do material.

Para que o Brasil continue sendo o maior exportador de carne do mundo, e autossuficiente na produção leiteira, é necessário investir pesado na produção e melhoramento genético do rebanho, mantendo-o, cada dia mais produtivo.

Fonte: Portal DBO

Adaptação: Revista Veterinária

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Atualizado em: 18 de janeiro de 2019

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