Berne em cães: Saiba mais sobre esse problema tão comum!

A berne em cães tem como causa a larva da mosca berneira, cientificamente conhecida como Dermatobia hominis. Seu desenvolvimento no animal hospedeiro é rápido, no verão é ainda mais comum. Isso porque, o calor e umidade favorecem a reprodução e o aumento do número de moscas.

Animais que vivem em ambiente rural também têm mais contato com moscas e insetos, assim a propensão a ser acometido pelo parasita é maior. O pior é que os cães que são acometidos pelo problema sofrem muito, pois o tipo de estrutura da berne costuma causar muita dor no animal. Isso, sem contar que quando não tratadas de forma correta podem levar a problemas ainda piores. Acompanhe com a gente até o final deste artigo e aprenda como lidar com esse tipo de problema. Boa leitura! 

De que forma ocorre a infecção?

O acometimento da berne em cães se dá de forma diferente do processo convencional, em que  as moscas põem os ovos diretamente no cão. A mosca varejeira tem o ciclo de vida curto, apenas 24 horas. Assim, não há muito tempo para se reproduzir e proliferar ovos. A saída encontrada para perpetuar a espécie de forma mais rápida é realizar a deposição de seus ovos em uma mosca comum.

Com o auxílio de diferentes espécies de moscas, a berneira deposita seus ovos sobre a mosca veiculadora que, ao pousar sobre o animal, deposita larvas que rompem a casca dos ovos se instalando na pele e nutrindo-se de tecido do hospedeiro. Continuando o processo, após ocorrer a infecção, as larvas se desenvolvem no tecido subcutâneo, ou seja, embaixo da pele.

Enquanto isso, a larva passa a se alimentar do tecido vivo e sangue do animal, respirando através de um orifício que fica aberto. A berne possui uma estrutura “espinhada” e caso não seja retirada nos próximos dois meses, ela cresce causando dor, inflamação e incômodo ao cão. E mais, com o crescimento gradativo a larva amadurece, sai da pele do animal caindo no chão. Se for uma superfície de terra, ela pode enfurnar em forma de casulo e após 45 dias se tornará mosca.

Como fazer a retirada do parasita no animal

O primeiro fator importante é que a retirada da berne em cães deve ser feita apenas por um veterinário. Muitas pessoas tentam proceder com a retirada em casa, o que é um erro. Pois, o buraco causado dentro da pele do animal precisa ser tratado por um profissional, evitando problemas futuros, como infecções.

É importante pensar no animal e compreender que em função do tipo de pele e pêlo, eles têm rejeição a certos tipos de medicamentos. Então só o profissional responsável saberá fornecer a recomendação certa.

Na maioria dos casos o médico receita o remédio e orienta os tutores sobre como agir com o pet nesse período. Passado esse tempo, o animal retorna ao consultório e aí então é realizada a extração do parasita. Durante o período que antecede esse processo, é importante que o dono fique atento para que o animal não coce ou lamba o local. O procedimento feito por profissional garantirá segurança e preparo ao lidar com a doença e com o tratamento do cão após a retirada das larvas.

Quando o problema não é tratado de forma adequada

Ao tentar resolver o problema por conta própria e pressionar a larva para sua retirada, ela pode se romper dentro da cápsula que a mantém dentro do corpo do animal. Desta forma, não ocorre a liberação do pus e a tendência é que o orifício se feche com a  cicatrização. Ainda que morta, a larva que ficou dentro do animal pode infeccionar e provocar nódulos. Estes, desencadeiam em tumores que precisaram de uma cirurgia para serem retirados.

Evite que os cães sofram com a berneira

Por mais simples que pareça, a principal medida é sempre manter as moscas longe. Afinal, vale lembrar que a larva da varejeira pode ser transportada por qualquer tipo de mosca. Assim, alguns cuidados ajudam a prevenir a berne em cães. As principais áreas propícias são:

  • Ambientes com fácil acesso a alimentos
  • Épocas do ano muito chuvosas e quentes
  • Locais com acúmulo de lixo (Favorecem a postura de ovos e o crescimento de larvas da berne)

Os cuidados com os animais também tem papel importante. O ideal é  escovar o pelo ao menos duas vezes por semana e mantê-los higienizados. Assim, será possível observar se o cão apresenta algum incômodo. Em casas de produtos veterinários é possível encontrar óleos especiais que podem ser espalhados pelo corpo do animal, evitando que moscas e insetos se aproximem do mesmo. Outro meio muito tradicional é a utilização de coleiras com substâncias repelentes ou o uso de medicamentos receitados sob orientação médica.

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Fonte: Canal do pet e Cachorro e gato

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