Tido como uma importante e perigosa zoonose, bactérias do gênero Brucella podem contaminar diversas espécies, dentre elas, caprinos, suínos, alguns mamíferos marinhos, canídeos, o homem e, em uma maior escala, se tornando uma maior preocupação na área veterinária, os bovinos.
A suspeita da Brucella abortus, mais conhecida como Brucelose Bovina se dá, principalmente pela ocorrência de abortos no terço final da gestação. A enfermidade acomete o sistema reprodutor do animal, causando abortos, retenção de placenta, partos prematuros, endometrites e orquites podendo levar tanto a fêmea quanto o macho acometidos a sérias complicações como infertilidade, se não tratada corretamente.
Uma das maiores dificuldades de combate à B. bovina em propriedades rurais é o fato de ser uma doença infectocontagiosa e sua disseminação ser por diversas maneiras. Sua principal via de contaminação é a digestiva, através de água, alimentos e de pastos infectados por restos placentários, sangue ou líquidos provenientes de abortos e partos de vacas brucélicas, não descartando a contaminação via sexual, pela monta por touros infectados.
A contaminação por sêmen em inseminações artificiais é também existente, pois a bactéria é altamente resistente a congelamento e descongelamento, porém, devido ao intenso controle sanitário do mesmo essa possibilidade é eliminada.
Como medida profilática é utilizado o controle periódico através de sorologias do gado, medidas de saneamento básico nos ambientes destinados aos animais, além da vacinação, que se torna uma parceira importantíssima dos proprietários nesse controle.
A vacina B19 é feita somente em fêmeas com idade entre três e cinco meses, administrada por via subcutânea. O procedimento deve ser feito, estritamente por um médico veterinário ou um especialista da área, por lidar com organismos vivos, apenas atenuados, podendo contaminar humanos se o manuseio for de maneira incorreta.
Por: Stéfany Dias
Revista Veterinária
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