Cetose bovina: a relação com os erros na nutrição de vacas leiteiras

Cetose bovina erros na nutrição de vacas leiteiras tem relação com a doençaA cetose bovina é um mal comum nos rebanhos, principalmente, na pecuária leiteira. Esse enfermidade afeta o metabolismo do animal, causando diversos danos como perda de peso, inapetência, diminuição da produção de leite e anormalidades neurológicas. Ou seja, afeta as funções fisiológicas das vacas, comprometendo seu rendimento.

Também conhecida como acetonemia, hipoglicemia ou cetonúria, a cetose bovina se caracteriza pelo desbalanceamento energético do animal. Em outras palavras, o animal perde em produção metabólica de energia, sofrendo de carência de carboidratos, os precursores da glicose no organismo.

Além disso, a presença dessa doença pode comprometer seriamente o quadro de saúde do animal, podendo levar a outras enfermidades. Neste artigo vamos tratar da cetose na pecuária leiteira, suas consequências e sua relação com erros nutricionais no rebanho. Confira!

Cetose bovina em vacas leiteiras

Como mencionamos, a cetose bovina é uma doença que, em vacas leiteiras, ocorre principalmente no período entre o final da gestação e início da lactação. Isso se dá pelas mudanças sofridas no metabolismo das vacas, que passa a sofrer influência maior de alterações endócrinas, além de deficiências nutricionais que serão tratadas mais adiante. Conhecer sobre a cetose bovina e seus impactos é primordial para quem deseja trabalhar no segmento leiteiro, uma vez que essa doença causa perdas financeiras expressivas em criações do gênero em todo o mundo.

De caráter metabólico, a enfermidade atinge a produção de leite, diminuindo sua oferta, além de ocasionar perda de peso nos animais e apatia, como sinais mais visíveis. São também observadas mudanças de comportamentos anormais, por conta dos distúrbios neurológicos, como andar em círculos ou lamber em demasia os objetos próximos.

Além da baixa produção, a doença provoca ainda deslocamento de abomaso, distúrbios no fígado, mastite e estresse no animal. Ou seja, a cetose bovina é uma enfermidade séria que deve ser além de tratada, prevenida. Assim, o responsável garante o bem-estar dos animais e a saúde financeira da propriedade evitando perdas e descartes no rebanho.

Nutrição X Cetose bovina

A origem da cetose bovina está relacionada a erros nutricionais na fase citada, sendo que o organismo do animal passa a tentar repor energia por outros meios, comprometendo a saúde como um todo. De modo geral, a ocorrência da cetose é mais comum em rebanhos que tem uma alimentação voltada para alta produção, onde os custos de alimentar um grande rebanho podem impactar na qualidade do que é oferecido.

Silagens e volumosos de qualidade inferior comprometem a ingestão de nutrientes do animal, sendo uma das principais causas da ocorrência da cetose bovina. Outro grande causador da doença são dietas com pouca fibra, que comprometem o metabolismo do animal. Ainda relacionado à alimentação, mas não necessariamente a nutrição, o balanço energético negativo pode ser causado por outras enfermidades que afetam a alimentação, como as que possuem anorexia como sintoma. 

Assim, o menor consumo de alimentos, ou alimentos com baixo valor nutricional, leva o animal a não alcançar suas exigências nutricionais, ocasionando o desequilíbrio energético, que ocasiona a cetose. 

Além disso, a cetose ainda pode surgir em rebanhos onde as condições do ambientes das vacas no final da gestação e início de lactação não são ideais ou por outros problemas no manejo desses animais.

Diagnóstico da cetose bovina

O diagnóstico se dá por meio da análise veterinária do histórico de saúde do animal somado aos sinais clínicos da cetose bovina. Ou seja, o profissional realizar o exame de anamnese, e faz a verificação de sinais característicos da cetose. Alguns exemplos são a presença de cheiro forte do hálito e urina do animal. O diagnóstico precoce, principalmente para alguns tipos de cetose bovina são essenciais para que o quadro não se agrave.

Por outro lado, a prevenção da cetose bovina passa pelo manejo nutricional adequado. Além disso, os cuidados com as vacas gestantes e em lactação, envolvendo o manejo geral do animal são essenciais na prevenção da doença. Já para os casos em que há ocorrência de cetose bovina, o tratamento passa pelo fornecimento de complementos nutricionais, glicose, tranquilizantes e corticosteroides.

O manejo nutricional adequado faz toda diferença no processo de desenvolvimento do animal e o investimento em conhecimento nessa área é essencial para que os profissionais responsáveis pela produção tenham um retorno viável e garantam o bem-estar do animal. 

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Fonte: CPT Cursos Presenciais e Saúde Animal



Atualizado em: 4 de novembro de 2020

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