Detecção de cio em bovinos: conheça os diferentes métodos!

Detecção de cio em bovinos

Saber como realizar a detecção de cio em bovinos é papel fundamental para profissionais que trabalham com reprodução e buscam resultados satisfatórios. Para alcançar esse objetivo é indispensável identificar qual o momento ideal para realizar a monta natural ou a inseminação. 

Estar certo de que chegou o melhor momento depende de inúmeros fatores, tal como o conhecimento do ciclo estral bovino. Isso porque no dia zero, a fêmea apresenta sinais de receptividade sexual. 

Quer conhecer os passos até a detecção do cio e ainda saber quais os métodos devem ser usados para tomar as decisões corretas? Apresentaremos tudo sobre detecção de cio em bovinos durante este artigo. Boa leitura! 

Como funciona o ciclo estral em vacas

Estro ou cio é comumente referido como dia zero do ciclo estral. Quando não ocorre a fecundação, o intervalo médio entre os dois cios consecutivos é de 21 dias, e é denominado ciclo estral. 

Nos bovinos este ciclo pode ser dividido na fase folicular e na fase luteínica. Na primeira ocorre o desenvolvimento do folículo, estrutura no ovário que contém o óvulo, e sua liberação, chamada de ovulação. Já a segunda é caracterizada pelo desenvolvimento do corpo lúteo, estrutura formada após a ruptura do folículo. 

Se o óvulo for fertilizado, o corpo lúteo será mantido, dando início a gestação. Caso contrário ocorrerá a regressão do corpo lúteo e terá início uma nova fase folicular.

A detecção do cio está diretamente ligada ao ciclo em vacas, por isso compreender quando ocorre é primordial. Consequentemente, algumas tomadas de decisão devem ser feitas antes do dia zero. Em bovinos, a duração média do estro é de aproximadamente 12 a 18 horas, sendo que a ovulação ocorre de 12 a 16 horas após o término do cio, ou 28 horas após o início do estro.

Métodos para detectar o cio em bovinos

No período de estro, os elevados níveis de estradiol promovem alterações anatômicas e comportamentais nas fêmeas bovinas. Tais características devem ser observadas atentamente pelo colaborador responsável, pois podem ajudar a detectar o cio.

Entre as principais alterações das vacas estão:

  • Pressão do queixo sobre o períneo/garupa;
  • Tentativa de monta;
  • Agitação e micção frequente;
  • Edema e o avermelhamento da vulva;
  • Abertura da cérvix e corrimento muco-vaginal claro e viscoso.

Entretanto, outros dois métodos são de suma importância nesse processo: a palpação retal e a ultrassonografia. No primeiro, o médico veterinário introduz a mão e o braço no reto da fêmea, possibilitando diagnosticar a saúde dos órgãos reprodutores, bem como saber qual etapa do ciclo estral o animal está. Além disso, o método também é fundamental para fazer a inseminação artificial.

Já a ultrassonografia atua na avaliação e monitoramento do sistema reprodutivo da fêmea bovina ao longo do ciclo estral e durante a gestação. É fundamental aliar a técnica aos outros métodos de detecção de cio ditas anteriormente. 

Por ser um exame de imagem não invasivo e de alta precisão, ela ainda é fundamental para casos de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Sua avaliação contribui na melhoria dos resultados, pois permite uma análise completa das características reprodutivas do animal. 

Como se preparar para identificar o ciclo estral?

Todavia, a ultrassonografia é um método que requer constante atualização e aprendizado, visto que para realizar um diagnóstico com segurança, o médico veterinário precisa dominar todas as etapas do exame. 

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Fontes: Rehagro, Shop Veterinário,CPT Cursos Presenciais,Educa Point, Embrapa.

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