IATF em bovinos: veja quais são os principais hormônios utilizados

IATF em bovinos

Atualmente, a propriedade que deseja ter sucesso com a pecuária bovina, deve buscar aplicar técnicas de melhoramento genético do rebanho. Desde que esse objetivo passa a ser vantajoso para os produtores, oferecendo melhores resultados e parcelas maiores do mercado, a medicina veterinária passa a desenvolver técnicas que possam auxiliar os veterinários nesse setor. Com isso em mente surge a IATF em bovinos, ou seja, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo. 

De forma simples, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma técnica que utiliza hormônios em dias predeterminados no intuito de promover a sincronização da ovulação de fêmeas bovinas. Com essa técnica, é possível aumentar a lucratividade da propriedade já que ela possibilita o uso de sêmen de qualidade, melhora os índices reprodutivos e, ainda, aumenta o número de embriões por fêmea por meio da técnica de superovulação.

Com isso em mente, para aplicar a IATF em bovinos é importante que o profissional conheça além da fisiologia animal, os hormônios utilizados. Entender as funções de cada um no processo permite um bom resultado ao final de todo o processo. Neste artigo vamos te apresentar os principais hormônios utilizados, além de algumas vantagens de implementar a IATF na rotina reprodutiva do rebanho.

Principais hormônios para a IATF em bovinos

Os hormônios são fundamentais para uma IATF em bovinos de sucesso, e para seu uso é necessário conhecer e entender a fisiologia reprodutiva destas fêmeas e o mecanismo de ação dos hormônios envolvidos na reprodução. Os hormônios mais comumente utilizados são:

GnRH

O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) controla, como o nome indica, a secreção de gonadotrofinas, principalmente o LH. Dessa forma, ele controla também a função gonadal. Durante a evolução das técnicas reprodutivas, alguns análogos sintéticos desse hormônio têm sido utilizados em bovinos, principalmente para sincronização de estro e em transferência de embriões (TE), para a produção de corpo lúteo nos folículos.

LH e FSH

O FSH (hormônio folículo estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) são os hormônios hipofisários gonadotróficos mais importantes. Com sua secreção controlada pelo GnRH, esses hormônios têm papel fundamental no ciclo da fêmea. O LH atua na ovulação e na transformação do folículo ovariano em corpo lúteo, já o FSH desenvolve o folículo de Graaf no ovário. 

Progesterona

Esse hormônio da reprodução é essencial na regulação de todo o sistema reprodutor feminino em diversas espécies. Para a IATF em bovinos, a progesterona realiza a função de estimulação de glândulas endometriais e crescimento das glândulas uterinas e mamárias. Além disso, nas vacas o progesterona apresenta variação cíclica durante o ciclo estral. Assim, para entender a regularidade do ciclo em uma fêmea, pode-se realizar a medição dos níveis de progesterona e fazer a comparação com o estágio do ciclo estral. Nesses casos, variações entre raças, idade e nutrição são importantes serem consideradas.

Prostaglandinas 

Esse hormônios são sintetizados pelo próprio organismo do animal, e fazem parte do processo de regressão do corpo lúteo no sistema reprodutor das fêmeas bovinas.A administração desse hormônio no protocolo para IATF em bovinos tem a função de permitir a superovulação da vaca escolhida.

A rotina hormonal deve ser criada considerando o ciclo estral do animal e os objetivos desejados com o procedimento. Dessa forma, o profissional veterinário deve estar apto, não só para executar os processos, como também para reconhecer as condições fisiológicas dos animais que serão utilizados.

Vantagens da IATF em bovinos

Depois de entender um pouco mais do processo hormonal envolvido na IATF em bovinos, muitos podem considerar o processo trabalho ou arriscado. Por necessitar de um bom protocolo hormonal e conhecimento do rebanho, alguns produtores podem não perceber as vantagens quando o veterinários apresenta essa solução mais avançada. Porém, os resultados obtidos com a IATF podem ser bastante favoráveis ao pecuarista.

Assim, separamos uma lista com as principais vantagens da IATF em bovinos:

  • Aumenta a eficiência reprodutiva;
  • Aumenta o número de vacas inseminadas;
  • Induz a ciclicidade de vacas em anestro;
  • Permite que vacas paridas recentemente sejam inseminadas;
  • Melhora a taxa de gestação do início da estação reprodutiva;
  • Permite programar a ocorrência de partos com época do ano e demanda;
  • As inseminações podem ser programadas para acontecer em um curto espaço de tempo;
  • É possível sincronizar inseminações e parições.

Diante de tudo que falamos, fica claro como a IATF em bovinos é capaz de impactar os resultados de um rebanho e auxiliar no sucesso de uma propriedade.

Agora, para que tudo isso seja possível, o veterinário responsável precisa estar capacitado para executar a técnica de modo a atingir os índices desejados. Só assim o investimento na IATF será justificado, já que o resultado depende, essencialmente do planejamento especificado pelo médico veterinário.

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Fonte: UFRGS e SENAR Minas

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