Infecções uterinas em vacas: entenda como e por que ocorrem!

Infecções uterinas em vacas

O pós-parto para vacas muitas vezes torna-se motivo de preocupação para os criadores deste animal, principalmente em virtude do risco das infecções uterinas em vacas que podem surgir após o procedimento. Tais enfermidades vem, principalmente, de contaminações bacterianas no trato reprodutivo do animal. A ocorrência desse tipo de problema é sempre um alerta para produtores, já que as infecções podem levar a complicações diversas, como a subfertilidade, infertilidade e baixa produção de leite. Além é claro de custos extras de produção, como gastos com medicamentos, veterinários e exames, além do prejuízo em casos graves de descarte de produção ou até mesmo do animal.

As causas destas infecções uterinas em vacas são as mais diversas, e podem estar relacionadas às mais diferentes situações gestacionais e de parto. Entre as causas mais comuns, costumam estar listados:

  • Cesarianas;
  • Natimortos;
  • Partos distócicos;
  • Retenção da placenta.

Ou ainda, tais infecções podem ocorrer como consequência de outras doenças de natureza metabólica, como deslocamento de abomaso, febre do leite, etc. Infelizmente, são muitos os tipos de bactérias identificáveis no trato reprodutivo do animal, por isso, para cada caso de infecção uma doença é denominada.

Neste artigo, você vai encontrar os principais tipos de infecções uterinas em vacas, bem como uma breve descrição do diagnóstico e tratamentos. Confira!

Conheças as principais infecções uterinas em vacas

Como dissemos, as infecções uterinas em vacas, possuem diversas causas e agentes causadores. Diante disso, existem algumas classificações que permitem identificar o tipo de infecção para facilitar o diagnóstico e, por consequência, a recomendação do tratamento. A seguir, listamos as principais infecções deste tipo em bovinos:

Metrite

A metrite, ou metrite puerperal aguda, afeta o animal geralmente nos primeiros dias após o parto. A característica mais comum deste tipo de infecção uterina em vacas, é a presença de corrimento com coloração avermelhada ou amarronzada e cheiro forte. Em relação aos sintomas, as vacas apresentam, normalmente, anorexia, apatia ou depressão, febre e queda significativa na produção de leite. Para essa infecção, as causas costumam estar relacionadas com dificuldades nos partos, retenção de placenta e até partos gemelares.

Para a realização do diagnóstico e tratamento, como sempre, é recomendado o exame veterinário. Nesse caso ele ainda é importante para o descarte de outras doenças, mas a observação da secreção uterina com as características de coloração e odor é um forte indicativo da metrite. Comumente, o tratamento recomendado é a administração de antibióticos para o combate à infecção e a drenagem do conteúdo uterino da fêmea.

Endometrites

A endometrite pode se manifestar como dois tipos de infecções uterinas em vacas, a endometrite clínica e a endometrite subclínica. 

Endometrite clínica

Este tipo de infecção se apresenta pela presença de conteúdo purulento ou mucopurulento nas secreções do útero. Contudo, seus indícios começam a ser percebidos 21 dias após o parto sem ocorrência de sinais clínicos nas vacas. Assim, a palpação retal e a observação das secreções são fundamentais para o diagnóstico veterinário desta enfermidade.

No meio veterinário ainda há dificuldade em se traçar uma única linha de tratamento recomendada para casos de endometrite clínica. Sendo assim, a presença do veterinário para diagnóstico e tratamento do animal se faz muito necessária, já que o acompanhamento do estado de saúde é fundamental para que o animal se recupere.

Endometrite subclínica

Para este tipo de infecção, diferente da endometrite clínica, a vaca apresenta inflamação endometrial, porém ausência de conteúdo purulento em suas secreções. A enfermidade se desenvolve quando não ocorre o retorno do ambiente uterino à sua condição normal, ou seja, um ambiente estéril, sem presença de microrganismos. Infelizmente, esse tipo de doença, mesmo impactando na fertilidade do animal, ainda não possui tratamento e muito definido. Ou seja, nesses casos é imprescindível o acompanhamento do médico veterinário para que o animal não tenha sua saúde reprodutiva altamente comprometida.

Piometra

Das infecções uterinas em vacas mais comuns, a piometra é, sem dúvida, uma das mais graves. Sua presença acontece, especificamente, durante o período pós-parto, se aparecendo na forma corpo lúteo persistente com exsudatos purulentos e mucopurulentos. A infecção impede a produção de prostaglandina, a qual regula diversas funções metabólicas.

Nestes casos, é importante o diagnóstico e tratamento rápidos após exame dos animais para evitar o comprometimento da saúde clínica e reprodutiva do animal.

O veterinário é essencial!

Para o tratamento das principais infecções uterinas em vacas, a palpação retal, o exame clínico, análises laboratoriais e até mesmo a ultrassonografia são fundamentais. Por isso, o acompanhamento dos animais com o médico veterinário é importantíssimo para a manutenção da saúde e qualidade do rebanho. Sem o cuidado profissional, a falta de capacitação pode comprometer a melhora do animal, gerando sérios prejuízos financeiros ao pecuarista.

Assim, mesmo que algumas das enfermidades apresentadas possuam tratamento difícil e prevenção complicada, o importante é buscar profissionais experientes para que essa prevenção começa na gestação. Um acompanhamento gestacional bem feito, com vacas sadias, manejadas corretamente, já é um grande passo na prevenção de problemas como partos de risco, que são causas dessas infecções.

Dica para veterinários!

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Fonte: Milk Point e Rural Pecuária



Atualizado em: 8 de junho de 2022

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